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Rostos Santacombadenses

... dar voz aos filhos de Santa Comba Dão!

Rostos Santacombadenses

... dar voz aos filhos de Santa Comba Dão!

Família Ayres d'Almeida

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Ayres d’Almeida nasceu em Santa Comba Dão, em 25 de Abril de 1892, filho de Joaquim d’Almeida e de Maria da Conceição, tendo falecido, aqui também nesta localidade, em 10 de Novembro de 1959.
Casou com Esther Correia de Carvalho, natural de Vilar, Castanheira de Pera, onde nasceu em 22 de Julho de 1898, filha de Manuel Carvalho e de Elisa Augusta Correia, tendo falecido em Santa Comba Dão, em 19 de Dezembro de 1982.
Em 5 de Junho de 1928 nasceu a filha única do casal, Maria Hermínia Correia de Almeida, que casou com Fernando César Correia Pinto e faleceu, entretanto, em 15 de Novembro de 2010.
Ayres d’Almeida foi um comerciante de mérito; tendo-se iniciado na actividade comercial como empregado em Coimbra, fundou em 24 de Agosto de 1918 o estabelecimento comercial conhecido com o seu nome (“Casa Ayres d’Almeida”), em Santa Comba Dão, na Rua Mouzinho de Albuquerque e no Largo do Balcão, constituído por lojas de venda de “fazendas, modas, malhas, calçado, chapéus, perfumarias, mobílias, colchoarias e tapetes”. O edifício situado no referido largo veio a ser demolido com a abertura da actual Avenida Humberto Delgado.
Em 21 de Maio de 1945 inaugurou as duas lojas (fazendas e móveis) onde o estabelecimento ainda hoje funciona, na Rua Mouzinho de Albuquerque, situando-se a loja de fazendas, modas e malhas no edifício da sua casa de habitação.
A inauguração das novas instalações foi noticiada em jornais locais, nas edições de 20 de Maio de 1945 do “Beira Dão” e do “Defesa da Beira”, onde então se escreveu: «Este nosso conterrâneo, que devido às suas qualidades de trabalho e de inteligência se conta entre os comerciantes mais categorizados deste concelho, inaugura amanhã as novas instalações do seu comércio de fazendas, calçado, miudezas, etc. Já tivemos ocasião de ver o novo estabelecimento, e manda a verdade que se diga que à sua montagem presidiu acentuado e harmonioso bom gosto. Pode mesmo dizer-se que poucas cidades da província terão estabelecimentos tão bem instalados como o Aires d’Almeida agora apresenta o seu (…)».
A inauguração do novo estabelecimento foi igualmente notícia na edição de 28 de Maio de 1945 do “Diário de Coimbra”, onde, sob o título “O Comércio Local Progride”, se escreveu: «Na passada segunda-feira foram abertos ao público os novos estabelecimentos do sr. Aires de Almeida, conceituado e antigo comerciante da nossa praça, que ao desenvolvimento do comércio da nossa terra tem dado o melhor do seu esforço. Instalados em esplêndidas dependências da sua casa de habitação, estes modernos estabelecimentos ficam a rivalizar com o melhor que há no distrito, não só no que respeita ao sortido escolhido e exposto, como também ao fino gosto que há na apresentação do mesmo, de maneira a prender a atenção da sua larga clientela (…), desejando ao incansável comerciante as maiores prosperidades que bem merece pelo seu empreendimento arrojado e inteligente (…)».
Ayres d’Almeida foi também uma pessoa empenhada em causas sociais na sua terra, salientando-se que, no período compreendido entre 1945 e 1958, integrou – juntamente com Domingos da Costa Cerveira do Amaral, Manuel de Matos da Costa e Pedro de Matos Lourenço – a Comissão Administrativa que geriu a Santa Casa da Misericórdia de Santa Comba Dão; nesse período concretizou-se a fundação do Hospital.
Após o seu falecimento, manteve-se à frente do estabelecimento a esposa, Dona Esther, durante mais de vinte anos e até à data da sua morte, bem como o genro, Fernando César Correia Pinto e, alguns anos mais tarde, o neto, Aires de Almeida Correia Pinto, continuando estes a assegurar, actualmente, a actividade do estabelecimento.

... resenha enviada por Joaquim Correia Pinto

Família Ayres d'Almeida no facebook

Maria de Lurdes de Jesus

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Maria de Lurdes de Jesus, nasceu no Tourigo, concelho de Tondela a 28 de Abril de 1923.
Muito jovem veio para Santa Comba Dão, mas propriamente para casa do casal professor Manuel de Matos Costa, que era também natural do Tourigo e da professora Ana Melo Costa.
Maria de Lurdes, viria a casar com Luís Ferreira Duarte Pastor (Luís "Badal"), outro "Rosto", que brevemente iremos divulgar.
Do casamento nasceram, Domingos Pastor (já falecido), Maria Fernanda e Isabel.
Mulher muito conhecida no meio, já com mais de oito décadas de vivência em Santa Comba, Maria de Lurdes, foi sempre dona de casa, a par do amanho dos terrenos e criação de animais para consumo próprio, na sua quinta do Pereiro, actividade que ainda hoje mantém, em menor escala, só para matar saudades e "vicio".
Maria de Lurdes, faz precisamente hoje, a bonita idade de 92 anos, com as mazelas dos "Janeiros", mas ainda com vida activa que esperamos se venha a manter por muitos anos, junto de suas filhas, netos, bisneto e restante família.
Parabéns a este "Rosto Santacombadense", que muito nos orgulha e apraz registar.

Foto e dados biográficos, da família/Texto E.Branquinho

Maria de Lurdes de Jesus no facebook

Afonso Augusto de Oliveira

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Afonso Augusto de Oliveira, nasceu em Vale de Açores, concelho de Mortágua, a 15 de Novembro de 1924.
Ainda pequeno veio viver para Santa Comba Dão, ficou órfão de mãe muito cedo, o que o obrigou a trabalhar muito jovem, para ajudar a criar os irmãos.
Veio a casar com Modesta Prata Alves Calisto, e do enlace nasceram três filhas, Maria Emília, Maria da Conceição e Maria da Fátima, todas residentes nesta cidade.
Depois de trabalhar nas obras, e na construção civil, vai para a Cerâmica da Gandara em Mortágua, que tinha como sócio o Santacombadense António Firmino dos Santos Ramalho.
Fazia diariamente o percurso Santa Comba Dão - Mortágua, inicialmente de bicicleta, mais tarde com uma motorizada, que conseguiu comprar, com as suas poupanças.
Nos tempos de lazer, Afonso tinha por "hobby, a ferragem de gado cavalar e asinino. Foi o último ferrador do concelho !
Teve também o gosto pelos bombeiros, ingressou em Outubro de 1944 no Corpo Activo dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão, aonde prestou relevantes serviços, durante mais de meio século.
Nos últimos 20 anos de voluntariado Afonso Oliveira, teve o honroso lugar de porta estandarte da Associação.
Nas actividades do seu bairro o do Serrado, mas também no do Santo Estêvão, esteve sempre na primeira fila.
Foi assim a vida terrena de Afonso Oliveira, homem trabalhador, integro, muito respeitado pelos amigos e por toda uma comunidade, que o acolheu e o tem como "Rosto Santacombadense".
Faleceu a 10 de Maio de 2011, com 87 anos de idade e será sempre recordado com muito carinho e gratidão.

Foto e dados biográficos, sua neta Paula/Texto E.Branquinho

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Margarida de Oliveira Marcelino

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Margarida de Oliveira Marcelino nasceu em Santa Comba Dão a 25 de Abril de 1883. Filha primogénita de Luís Marcelino e Emília Soares [casados em 23 de Junho de 1882] teve quatro irmãos: Patrocínia, que casou com Joaquim Varela, Rosa, que casou com Augusto Dinis, Alfredo que casou com Ana [do Mole] e José que rumou a África desconhecendo-se pormenores da sua vida [teria gerado uma filha].
Margarida Marcelino casou com Elísio Alves Ferreira [Luta] e o casal montou residência na Rua do Outeirinho em casa que construiu e que ainda está na posse dos herdeiros. O casamento gerou seis filhos, todos do sexo feminino: Ludovina que veio a casar com António Morais, Conceição que casou com Zé Pais da Costa, Glória que casou com Zé Maria Pinho, Emília que veio a casar com Jorge Gomes, Casimira que casou com Vítor Correia Pinto e Rosa que veio a casar com Zé Neves.
Ti Margarida do Outeirinho, como era conhecida, deixou a lembrança de uma boa mãe e avó querida e de mulher lutadora que não se deixou abalar com a viuvez precoce acontecida em 1936. Partiu com a satisfação do dever cumprido em 17 de Dezembro de 1960 com 77 anos. A sua imagem de mulher vestida toda de negro com acentuada curvatura da coluna [lordose] perdurará na memória dos tempos.

Margarida Marcelino no facebook

Festa na Aldeia

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Filarmónica Santacombadense, numa actuação, possivelmente festa religiosa, em Vila de Barba - Santa Comba Dão.
A foto será dos finais dos anos sessenta e podemos recordar alguns músicos falecidos e facilmente identificáveis na foto.
Outros por cá vão andando, mas nenhum dos retratados faz já parte da referida banda.
De costas: mestre/maestro João Carlos, logo à frente António (Manjerico), Luis (Grandela) e Zé (da Prudência),nas filas imediatas podemos ver Zé (do Canto), Afonso Mendonça e Trajano, todos já falecidos..
Também identificamos,os ainda vivos, mas já não executantes,David Corveira, Vasco Corveira, Zé (Ruço), Valentim Gomes dos Santos, João Lima e José Luís Dinis, o porta estandarte, e ...................
"Rostos Santacombadenses", que engrandeceram a banda e a sua terra !

Foto: da net/Texto E. Branquinho

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Francisco da Conceição Varela

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Filho de António da Conceição Varela e de Virgínia Gomes, Francisco da Conceição Varela era natural da Portela, Couto do Mosteiro, onde nasceu a 17 de Junho de 1891. Órfão de pai [falecido no Brasil] quando tinha apenas dois anos, Francisco Varela saiu cedo da casa materna e rumou para casa de um tio no Alentejo. Com a aventura a correr-lhe nas veias, rumou à capital aos 17 anos de idade e iniciou-se na indústria hoteleira como empregado de mesa. Passou pelos cafés Martinho da Arcada, Martinho do Rossio e Pastelaria Garrett. A paixão pela profissão levou-o a investir no sector e a constituir sociedade com mais quatro sócios. Em 1938, a sociedade adquiriu a afamada Pastelaria Benard sita na Rua Garrett ao Chiado. Posteriormente alargou a sua acção à Pastelaria Marques [ao Chiado], Pastelaria Inglesa [Praça do Município] e a um estabelecimento de tecidos, Casa Souza, também no Chiado. 
Em 1939, Francisco Varela contraiu casamento com Gracinda da Silva Dias natural do Tramagal, Ribatejo. O casamento gerou três filhos, Francisco Manuel [falecido com apenas com 1 ano de idade], Fernando Manuel e Maria Virgínia.
Fervoroso amante da terra que o viu nascer, Francisco Varela não deixou secar as raízes que o seguravam ao torrão e adquiriu casa de habitação no Couto do Mosteiro que ainda hoje está na posse dos herdeiros. Educou os filhos de modo que jamais perdessem essa ligação com a Beira e a família ia de malas e bagagens até ao Couto sempre que a ocasião se proporcionava, em tempo de férias e das festividades mais importantes do calendário. Os seus descendentes não perderam o hábito e ainda hoje cumprem os desejos do patriarca.
Francisco Varela faleceu aos 83 anos no dia 29 de Junho de 1974.

... informações prestadas pela filha Mimi Melo Gouveia

Francisco da Conceição Varela no facebook

 

Viriato Manuel de Matos

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Viriato Manuel de Matos, filho de António Manuel de Matos e de Maria Idalina Ferreira, nasceu em Santa Comba Dão, a 27 de Maio de 1940.
Casou com Maria do Carmo Coelho de Matos e do enlace nasceram, António Augusto,Assunção e Nuno Miguel, já falecido.
Viriato fez a escola primária na sua terra, seguindo-se o liceu no concelho vizinho Carregal do Sal, no então conceituado colégio Nuno Alvares.
Escolheu o curso de direito, na Universidade de Coimbra, que vem a concluir em 1968.
Logo é colocado na cidade de Trancoso, como Delegado Procurador da República,aonde se mantém durante dois anos.
Regressa a Santa Comba, e após passagem por uma das conservatórias, acaba por se estabelecer com consultório de advogacia, na Rua Mouzinho de Albuquerque desta cidade, aonde se mantém até à data de falecimento.
Dr Viriato depressa se assume como um dos melhores advogados da praça, e principalmente, nos concelhos de Mortágua, Carregal do Sal e outros.
O seu perfil de "Justiceiro ", a par dos conhecimentos e experiência adquiridos, fizeram com que fosse reconhecido no meio judicial.
No meio social, fez parte de algumas comissões concelhias, mas foi como mesário e provedor da Santa Casa da Misericórdia, que mostrou mais o interesse por Santa Comba e suas gentes.
Destacam-se as grandes obras de conservação, levadas a cabo na Igreja da Misericórdia, desta cidade.
Durante alguns anos, foi também advogado da Câmara Municipal.
Muito respeitado, exemplar chefe de família, dr Viriato, veio a falecer a 23 de Outubro de 2012, com 72 anos de idade.
Deixou saudades, este "Rosto Santacombadense".

Fotos e dados biográficos, de sua esposa/Texto:E.Branquinho

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Joaquim Pereira Marques

joaquim da sãozita.jpgJoaquim Pereira Marques, era natural de Castelões, concelho de Tondela, e nasceu a 4 de Março de 1944.
Muito jovem, veio trabalhar para os aviários do "Queiró´" (Francisco Lemos Branquinho), que se localizavam na Avenida Santo Estêvão, junto à Adega Cooperativa de Santa Comba Dão.
Depois de cumprir o serviço militar em Angola, no inicio da década de 70, veio a casar com Maria da Conceição Alves C. de Oliveira, (Sãozita da Modesta).
Do casamento, nasceram a Paula e o Jorge.
Joaquim Marques, teve na sua curta vida profissional, a actividade de motorista de taxis, que eram propriedade de António do Carmo e mais tarde de José Pinto e Sebastião Santos do (Café Arcada).
Joaquim era um "brincalhão" por natureza , amigo de toda a gente e seu lado ninguém estava triste, era muito prestável.
Chegou a conduzir a ambulância dos bombeiros, na falha de motoristas habituais, dada a proximidade do quartel, ao seu local de trabalho.
Mas nem tudo correu bem, na vida deste nosso amigo !
Tinham decorrido praticamente quatro meses sobre o 25 de Abril, estávamos em pleno PREC, ano conturbado, aonde por todo o país aconteciam, espontaneamente as mais variadas manifestações.
A existência da estátua de Salazar em Santa Comba Dão, foi uma delas e naquela tarde de 20 de Agosto de 1974, um grupo de pessoas encontrava-se junto à praça de taxis desta cidade, comentando a limpeza feita ao referido monumento, que um dias antes tinha sido conspurcada, aliás era já habito, após a revolução dos cravos.
Joaquim Marques,encontrava-se no grupo, a aproximação de um transeunte, que se deslocava com um burro, levou a um pequeno e estúpido desentendimento, tendo como consequência o assassinato do Joaquim.
Ainda hoje, não se entende muito bem, o porquê deste trágico acontecimento, que deixou Santa Comba Dão em "choque" e uma jovem família na amargura e dor.
Joaquim Marques, outro "Rosto Santacombadense", que não o sendo no papel, era na sua plenitude. Deixou-nos com 30 anos de idade, um jovem!

Foto e dados biográficos de sua filha Paula/Texto E.Branquinho

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Américo da Silva Oliveira

américo oliveira.jpgAmérico da Silva Oliveira nasceu em 14 de Agosto de 1944 em Santa Comba Dão. Filho de Francisco Dias Oliveira e Albertina da Silva, contraiu matrimónio com Silvina Fernanda Morgado natural do vizinho concelho de Mortágua. O casamento gerou dois filhos, António Manuel e Alexandra. Américo veio a falecer em 1 de Novembro de 2011.
Antes de cumprir o serviço militar,  Américo trabalhou na central de despachos de Luís Gonçalves [Mole] e foi funcionário no ex-Grémio da Lavoura. Homem estudioso e curioso do saber, tirou o curso de escriturário na tropa e após o regresso da "guerra" [Moçambique, de 1964 a 1968] ingressou nos quadros das Finanças onde atingiu o posto de técnico financeiro. Passou por várias repartições [Tábua, Santa Comba Dão, Mortágua, Tondela ] e posteriormente foi colocado na Direcção Regional [Viseu] como especialista em  IRS [Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares]. Homem dinâmico e participativo, ciente dos problemas do burgo, Américo de Oliveira foi, após a Revolução de Abril, candidato democraticamente eleito à Presidência da Junta da então Freguesia de Santa Comba Dão [hoje União das Freguesias de Sta Comba Dão e Couto do Mosteiro]. Amante da pesca desportiva, adorava também o futebol e os Pinguins em particular tendo chegado a ser dirigente do Desportivo Santacombadense.  Américo da Silva Oliveira foi também Presidente do Coro Polifónico onde era coralista conjuntamente com sua esposa. Homem popular e respeitado, faleceu aos 67 anos de idade, deixando na memória das gentes a marca própria dos que são "gente boa".

... informações fornecidas pelo filho Tó-Mané

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José Rodrigues da Costa

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José Rodrigues da Costa, o conhecidíssimo "Zé do Canto", nasceu em Santa Comba Dão, a 26 de Setembro de 1919 e era filho de Henrique Marques e Rosa Vieira.
Casou com Maria Amália Ferreira Lima e deste casamento nasceram, seis filhos, Manuel e Henrique, já falecidos, Isabel e Liliana , Rosa e Deolinda.
Oriundo de família de sapateiros, Zé do canto nãofugiu à regra, mas a oportunidade de uma vida melhor, leva-o a emigrar para o ex-Congo Belga, acompanhado de sua esposa e um dos filhos, o Henrique.
Ai se mantém durante uma década, mas as saudades dos restantes filhos e demais família família, fazem-no regressar a Santa Comba Dão, aonde retoma a actividade de sapateiro, mais propriamente na Rua Alexandre Herculano, junto ao talho do Jacinto.
Zé do Canto, desde sempre foi um bairrista ferrenho, os bombeiros, a filarmónica, grupos corais ou de baile, tudo o que tivesse musica e não só, lá estava ele. Era para bem da terra e a música tratava-a por tu.
Em 1939, Zé do Canto, é aprovado como bombeiro da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Santa Comba Dão, como 1º clarim, e em 1944, chega a ser nomeado chefe, lugar que ocupa,embora por pouco tempo.
Foi executante ainda, da Banda 1º de Maio e um dos primeiros músicos da Filarmónica. Santacombadense, aonde se manteve até a saúde e a idade o permitir.
Era o contra-mestre por natureza , chegando mesmo a ensaiar e a dirigir a mesma, em tempos de "crise" ou na falta do mestre.
Também nos finais da década de sessenta, integra um conjunto musical local, o Quinteto Avenida, mas de pouca dura, derivado à guerra colonial e à emigração, mas sempre que necessário para qualquer evento, era vê-lo sempre com o seu trombone de pistons ou varas, do qual era exímio tocador.
Em 1972, regressa aos bombeiros, a convite do então comandante Mário Azevedo, para integrar como mestre-clarim, a recente fanfarra,aonde se mantém durante alguns anos.
No ano de 1984/85, juntamente com o pároco local, padre Alberto Tavares Dias, funda o Coro Polifónico do Centro Paroquial de Santa Comba Dão, do qual é maestro durante algum tempo, grupo ainda hoje existente, com outro nome e outras gentes.
Consta ou constava, do seu reportório, o hino a Santa Comba, letra e música de José Rodrigues da Costa.
José do Canto, foi um ícone, desta terra Beirã,amou a sua terra, as suas gentes, mas principalmente a sua família.
Faleceu a 16 de Outubro de 1988, com 69 anos de idade.
Deixou saudades e um lugar insubstituível, no campo pessoal e musical, este "Rosto Santacombadense".

Foto e dados biográficos:Isabel Costa/Texto E. Branquinho

José Rodrigues da Costa no facebook

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